Bush autoriza vôos de combate ao tráfico na Colômbia
O presidente George W. Bush autorizou o Departamento de Estado a reiniciar os vôos de controle contra o tráfico aéreo de drogas na Colômbia.
“Com a autorização, o presidente considerou que a Colômbia pôs em prática procedimentos apropriados de proteção contra a perda de vidas inocentes”, informou o porta-voz da Casa Branca, Scott McClellan, em comunicado divulgado da fazenda de Bush em Crawford, Estado do Texas.
O programa americano de intervenção aérea havia sido suspenso em 2001, depois da derrubada por engano de um avião civil que causou a morte de uma missionária americana e de sua filha matando.
O secretário de Defesa dos Estados Unidos, Donal Rumsfeld, está visitando a Colômbia para discutir a ajuda militar americana e disse acreditar que é importante reiniciar o programa. ” Já foi útil antes e é útil agora. Existem muitas maneiras de se combater o comércio ilegal, por terra, ar ou mar. E precisamos dar a devida atenção à via aérea”, disse o secretário.
Rumsfeld não quis comentar se os aviões de vigilância americanos vão monitorar e apoiar a proibição de vôos suspeitos de levar armas aos grupos rebeldes colombianos, assim como drogas.
“Isto é uma questão de semântica. As mesmas pessoas fazem as duas coisas, narcotráfico e terrorismo, e lutam contra o governo democrático do povo colombiano”, afirmou o secretário.
Reunião – Rumsfeld também se reunirá nesta terça-feira com o presidente Alvaro Uribe, com a ministra da Defesa, Marta Lucía Ramírez, e com a cúpula militar do país, que solicitou mais assistência tecnológica e de inteligência para as Forças Armadas.
A visita do secretário da Defesa soma-se às efetuadas ao país por funcionários americanos de alto nível, como o secretário de Estado, Colin Powell, em dezembro, e o chefe do combate às drogas, John Walters, em julho.
Há pouco mais de uma semana também estiveram em Bogotá o representante comercial dos Estados Unidos, Robert Zoellick, e o chefe do Estado Maior Conjunto, general Richard Myers.
A visita de Rumsfeld está sendo feita em meio a medidas estritas de segurança, com a participação de 13 mil policiais e militares, três helicópteros e um avião especial americano.
Segundo a ministra da Defesa colombiana, a visita de Rumsfeld representa uma oportunidade para solicitar os recursos e a assistência necessários para enfrentar com mais eficácia as guerrilhas de esquerda das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) e Exército de Libertação da Colômbia (ELN), além dos paramilitares da extrema-direita. Os EUA acreditam que esses grupos terroristas são financiados pelo narcotráfico.
Fonte: Diário do Grande ABC – Internacional